quinta-feira, 3 de julho de 2014

Cortinas

Odeio a forma como me fazias sentir frágil,
Mas fria.
Ingénua,
Mas pecadora.
Odeio. Odeio a sensação ridícula de nunca ter sido suficiente,
De nunca me ter dado o suficiente,
De nunca ser boa o suficiente.
Sim, boa.
Sempre me fizeste sentir a pessoa mais preconceituosa à face da Terra.
E eu bem sei que o não sou.
Frieza, indiferença e impotência
Nunca foram o meu mote.
E eu não tenho de o provar a ninguém.
Porque quem ama percebe,
Espera
E compreende. 
E tu nem tentaste compreender.
Não fazes ideia de quem sou,
Do que sou,
Do potencial que encerro,
Do que já vivi
Vivo
Ou prentendo viver.
Não fazes ideia. Não possuis qualquer crença
Só uma curiosidade infantil.
E quem acabou sem crenças fui eu.
O que não sabes
É que eu não preciso delas.
Fui ser feliz.
E não volto.



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